O novo projeto inclui a adesão de investidores do exterior e promete finalizar o desenvolvimento da linha Transnordestina e criar outras quatro linhas ferroviárias.
Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado um desafio significativo na logística de exportação: apenas 17% do que produzimos é atualmente exportado por ferrovias.
Contudo, existe um desejo claro e ambicioso de mudar esse cenário. Com a implementação do novo plano nacional de logística, o país tem a meta de elevar essa participação para 40% até o ano de 2035.
Para isso, serão necessárias parcerias estratégicas, investimentos em novas linhas ferroviárias e a implementação de tecnologias avançadas para monitoramento de carga. Entenda neste artigo como esse projeto será implantado nos próximos anos.
A ferrovia Transnordestina faz parte do projeto
A expansão das exportações por ferrovias é uma prioridade no plano estratégico do Brasil para os próximos anos. Nesse contexto, a ferrovia Transnordestina se torna uma peça fundamental para atingir essa meta.
Com 1.753 km de extensão planejada, a Transnordestina tem o objetivo de conectar o Porto de Pecém, no Ceará, ao município de Eliseu Martins, no Piauí.
Apesar de estar em construção há 15 anos, pouco mais da metade do projeto foi concluída até o momento. No entanto, o governo brasileiro está determinado a acelerar o processo e garantir que a ferrovia seja parte integrante do aumento das exportações por ferrovias até 2035.
De acordo com o ministro responsável pelo projeto, a primeira fase da Transnordestina, que abrange a ligação de Eliseu Martins a Salgueiro e de Salgueiro a Fortaleza, deve estar pronta até o final de 2026 ou início de 2027.
Além disso, o governo está estruturando o ramal que se estenderá até o Porto de Suape, com previsão de início das obras ainda este ano e conclusão em cinco anos.
As linhas ferroviárias do país vão se desenvolver
A grandiosidade geográfica do Brasil, com suas vastas extensões territoriais e cidades distantes entre si, demanda uma infraestrutura de transporte eficiente para conectar esses pontos.
Nesse contexto, a criação de novas linhas ferroviárias emerge como uma estratégia vital para fortalecer a rede de transporte do país. Essa expansão representa um aumento significativo no número total de ferrovias interestaduais existentes no Brasil.
Atualmente, apenas duas ferrovias interestaduais estão funcionando: a que liga o Pará e o Maranhão e a que faz conexão com o Espírito Santo e Minas Gerais.
Novas linhas que serão criadas
Dentre as novas linhas planejadas, destacam-se os projetos que visam ligar Luziânia, em Goiás, à capital federal, Brasília, proporcionando uma conexão ferroviária importante na região central do país.
Além disso, está em andamento o desenvolvimento de linhas de ligação em Feira de Santana, na Bahia, e entre São Paulo e Paraná. Essas iniciativas representam um esforço abrangente para estender a infraestrutura ferroviária para várias regiões do Brasil.
É importante notar que essas linhas estão atualmente em fase de finalização de estudos de viabilidade, com o objetivo de garantir que sejam economicamente sustentáveis e benéficas para o país.
Além disso, o governo está buscando atrair investimentos privados por meio de parcerias público-privadas para financiar esses projetos, o que pode acelerar a sua implementação e reduzir a carga financeira sobre os recursos públicos.
Projeto promete não impactar o meio ambiente
É compreensível que projetos grandes, como a expansão das ferrovias, acabem gerando preocupações sobre um potencial impacto ambiental.
No entanto, é importante lembrar que a atual situação logística do Brasil apresenta desafios significativos em termos de emissões no meio ambiente, especialmente devido ao transporte rodoviário de cargas.
Hoje os caminhões representam a maior parcela do impacto ambiental no transporte de mercadorias no país. As estradas congestionadas, o consumo de combustíveis fósseis e as emissões resultantes são fatores que contribuem para essa preocupação ambiental.
Portanto, o governo brasileiro está empenhado em expandir rapidamente o transporte de cargas por trem como uma alternativa mais sustentável, que ajudará a diminuir a quantidade de caminhões em trânsito.
Assim, ao transferir uma parcela substancial do transporte de cargas para as ferrovias, espera-se uma diminuição nas emissões de carbono e na degradação ambiental associadas ao transporte de mercadorias.
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