Dificuldades financeiras têm feito muita gente buscar alternativas para conseguir quitar as dívidas. Confira o que é possível fazer e quais são as condições.
Você se planejou para dar entrada em um financiamento imobiliário e conseguiu pagar boa parte das parcelas. Contudo, um imprevisto, como a perda do emprego ou a redução da renda familiar, fez com que o pagamento do restante da dívida se tornasse inviável. Nesse contexto, é comum que muitas pessoas se perguntem: é possível prorrogar o financiamento? A resposta é positiva!
Em 2020, as instituições financeiras adotaram medidas para permitir que algumas pessoas suspendessem o pagamento da prestação do imóvel por alguns meses. Somente a Caixa Econômica Federal concedeu a suspensão para cerca de 2,5 milhões de clientes, enquanto um montante total superior a R$ 4 bilhões foi refinanciado.
Por isso, se você está em busca do melhor financiamento, mas se sente inseguro quanto ao cenário econômico dos próximos meses, confira quais são as condições para realizar esse adiamento se houver necessidade.
O que fazer?
Devido à crise sanitária, alguns bancos no Brasil passaram a prorrogar a dívida por 180 ou 120 dias. No entanto, a condição para obter tal prorrogação é que o pagamento esteja em dia ou com um atraso máximo de 180 dias.
O primeiro passo para solicitar a prorrogação é entrar em contato com o(a) gerente do seu banco. Vale lembrar que cada instituição possui condições próprias para conceder esse adiamento.
Alguns solicitam o pedido por telefone, enquanto outros utilizam o aplicativo do banco ou o e-mail, por meio do preenchimento de um formulário fornecido pela instituição, que deve ser respondido e enviado de volta, escaneado. As instituições financeiras podem levar até dez dias para dar uma resposta.
Em seguida, o pedido será analisado e, se for aprovado, os valores das prestações adiadas serão incorporadas ao saldo devedor, havendo cobrança proporcional dos juros para o período restante.
Em algumas instituições bancárias, quem já solicitou a prorrogação do financiamento anteriormente pode exigir uma nova de, no máximo, 60 dias. Só quem nunca havia adiado o pagamento das parcelas é que pode solicitar a prorrogação de até 6 meses.
Algumas cooperativas de crédito não exigem valor mínimo ou máximo da dívida, optando por avaliar cada caso para decidir sobre a aprovação da postergação. Se esse é o seu caso, verifique quais são as condições do estabelecimento.
Há aumento do custo?
Já que o valor das parcelas adiadas será incorporado à porcentagem da dívida ainda não quitada, isso deixa as parcelas mais caras, pois há incidência da taxa de juros, estipulada no início do financiamento, sobre um montante maior de dinheiro.
Logo, se prorrogar o pagamento for sinônimo de aumentar a dívida, recomenda-se verificar bem como isso vai impactar as suas finanças durante o período de quitação do financiamento e analisar quais cortes em outros gastos fixos podem ser feitos.
Também é possível verificar com o banco se, nos primeiros meses de retomada do pagamento, as parcelas podem ser menores e irem crescendo com o tempo. Em qualquer situação, é fundamental conversar com um(a) gerente e explicar a situação, devidamente munido de documentos para comprová-la.
Não há nenhum acréscimo de outros encargos e taxas, como multas e IOF, para os financiamentos que estavam sendo pagos em dia. Se você estranhar algum valor ao solicitar a prorrogação da sua dívida, esclareça as dúvidas com o(a) gerente.
Como qualquer outra operação financeira, é fundamental analisar os prós e os contras de adiar o pagamento de uma dívida, planejando-se, cortando gastos supérfluos do seu orçamento e buscando outras alternativas em caso de dificuldades novamente.
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